segunda-feira, 17 de abril de 2017

RESENHA: PASSARINHA








PASSARINHA

Sinopse: No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro da uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar ao pai - a si mesma e todos a sua volta -, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido. 

Bom gente,  não sei se conseguirei expressar em palavras o que foi esse livro pra mim. Um livro de leitura rápida, mas de longa reflexão.
A história é de uma delicadeza profunda, um livro carregado de sentimentos, não chega ser um livro triste. A autora conseguiu passar com clareza a dor de um pai perder seu filho e a da irmã que sabe que nunca mais verá o irmão. Fazendo nos refletir e compreender que todos nós somos diferentes e devemos aceitar que isso é normal. A trama, nos mostra o preconceito, falta de compreensão e  bullyng. É interessante ver como ela enxerga as coisas. Indico a historia para todas  as pessoas, este é um livro que fica para a vida.
 O livro foi inspirado no massacre que ocorreu na Virginia Tech University em 16 de Abril de 2007, que deixou muitos mortos.




O livro é narrado pelo ponto de vista de Caitlin,  uma garotinha  de dez anos, portadora da Síndrome de Asperger, ela tem uma forma diferente de ver o mundo e compreendê-lo. Perdeu sua mãezinha quando tinha apenas dois aninhos. Ela  esta se vendo completamente sozinha, depois que perdeu seu irmão, seu protetor e melhor amigo  Devon, que morreu com um tiro no coração por causa de um atentado que aconteceu na escola. Seu pai agora, o seu único guia, esta mergulhado num luto profundo.

Todos os dias Caitlin, tem que visitar a Sra. Brooks – psicóloga de sua escola, e embora seja difícil aceitar essa ajuda, a menina sabe que somente desta forma será capaz de encontrar uma maneira de suavizar  sua própria dor e a de seu pai. E nisso tudo vai aprender que ela tem que tentar se socializar mais, fazer  novos amigos, ter mais empatia e finesse ...rsrs
 
Com a sua maneira especial de enxergar a vida ela denominou o pior dia de sua vida  como: “O dia em que a nossa vida desmoronou”, ou seja, o dia em perderam Devon. 


Caitlin agora luta para enfrentar seus próprios medos e superar seus limites. E mesmo com o preconceito da maioria de seus colegas, a menina consegue se superar a cada instante. 

Quando Devon, morreu deixou inacabado um armário, pelo qual o pai de Caitlin, acabou cobrindo-o para que talvez aliviasse sua dor. Essa atitude acabou mexendo muito com Caitlin.

A sua pureza me encanta,  um dia lendo, ela depara-se com a palavra desfecho e ai ela percebe que precisa encontrar o desfecho perfeito, e muito em breve ela consegue Captar o sentido!



Separei alguns quotes:



"(...) Você é como  uma irmã mais velha para mim.
Sinto um  calorzinho tão gostoso no Coração quando ele diz isso".


“Eu gosto das coisas em preto e branco. Preto e branco é mais fácil de entender. Cor demais confunde a cabeça da gente.”

“A vida é especial.
Quer dizer... que não só eu que sou especial? Tudo na vida é?
Isso mesmo.

Acho que a boa notícia é que todo mundo vai ter que aguentar ser especial porque todo mundo está vivo.”

“E não importa quantas vezes você leia aquele livro as palavras e imagens não mudam. Você pode abrir e fechar os livros um milhão de vezes que eles continuam os mesmos. [...] Livros não são como pessoas. Livros são seguros”

“Os olhos são as janelas da alma, diz o Sr. Walters. Quando você olha dentro dos olhos de alguém pode ver muito sobre a pessoa.”


Beijos Carinhosos

Dani S2

Um comentário:

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